Viagem à Antártica
Veleiro Almirante Bellingshausen. Foto: Divulgação - Guarda costeira francesa
200 anos da descoberta da
Antártica
Veleiro estoniano em expedição científica comemorativa aos 200 anos do descobrimento da Antártica faz parada em Santa Catarina
A Marina Itajaí, em Santa Catarina, está pronta para receber nos próximos dias o veleiro Almirante Bellingshausen, que partiu da Estônia em julho, para uma expedição comemorativa dos 200 anos da descoberta da Antártica. Previsto para chegar a Itajaí, no litoral catarinense, neste início de dezembro, o barco será aberto para visitação de escolas pré-selecionadas.
Com cerca de 24 metros de comprimento, dois mastros e cerca de 95 toneladas, o Almirante Bellingshausen traz a bordo 12 pessoas de um conjunto de quase 100, das quais 20 são pesquisadores que se revezam nos portos ao longo da jornada, prevista para durar sete meses.
Estação russa Bellingshausen. Foto: Akulovz - Wikimedia Commons
Até a chegada à Antártica, em janeiro do próximo ano, o barco reproduzirá grande parte do mesmo percurso realizado por Fabien Gottlieb von Bellinghausen, que em janeiro de 1820 fez o primeiro avistamento de terra do continente antártico.
Organizada pelo Museu Marítimo da Estônia, terra naltal de Bellingshausen, a expedição, batizada de Antarktika 200, seguirá para o Uruguai depois de parar no Brasil (em Fernando de Noronha, Recife, Rio de Janeiro e Itajaí).
Fabien Gottlieb von Bellinghausen (1779-1852)
O explorador antártico que dá nome ao veleiro utilizado nesta expedição nasceu na ilha de Saaremaa, na Estônia, então sob o Império Russo. Entrou para a marinha russa aos 10 anos de idade e morreu como almirante e governador de Kronstadt (uma cidade-fortaleza na época).
Seu maior feito foi a viagem de exploração de 1819-1821, como comandante dos navios Vostok e do Mirny, numa circunavegação da Antártica.
Nessa expedição, descobriu as ilhas Pedro I e Alexandre I, os primeiros avistamentos de terra dentro do Círculo Polar Antártico, e fez a primeira avistagem conhecida do continente antártico.
O Mar de Bellingshausen, junto à costa oeste da Península Antártica, foi assim batizado em sua homenagem.
Acompanhe a expedição: