Mini Transat 2023

A largada, em Les Sables d’Olonne. Os barcos da Mini Transat têm apenas 6,5 m de comprimento e são tripulados apenas pelo skipper

Miniveleiros

Grandes emoções

Por Roberto Negraes

Começou a La Boulangère Mini Transat, e tem um brasileiro na disputa!

Sob ventos fracos de sudeste entre 4 e 7 nós (7 e 13 km/h), 90 veleiros Mini 6.50 iniciaram na tarde desta segunda-feira (25/9) a disputa pela vitória na 24ª edição da regata transatlântica La Boulangère Mini Transat. O percurso, de 4.050 milhas marítimas (7.500 km), é dividido em duas etapas. A primeira vai de Les Sables d’Ollone (França) até Santa Cruz de La Palma, no Arquipélago das Canárias, de onde parte a segunda perna, rumo à ilha de Martinica, no Caribe, ponto final desta competição conhecida como o “berço das futuras lendas da vela oceânica”. Isto porque os veleiros, de apenas 6,5 m de comprimento, são tripulados apenas pelo seu comandante, que deve cruzar o Atlântico sem assistência, roteamento meteorológico por satélite ou qualquer contato com a terra.

Após várias regatas seletivas, os melhores navegadores participam do evento em busca de chances para subir para as categorias Classe 40 e o grande sonho, os veleiros Imoca. Entre esses skippers está o brasileiro Jonas Gomes, participando a bordo de seu 6.50 de nome Borrachudo (singela “homenagem” ao terrível mosquito do litoral norte paulista).

O velejador brasileiro Jonas Gomes

O Borrachudo é um projeto de produção, do estaleiro francês Finot. Além dos barcos 6.5 de série, que são idênticos, a regata é disputada na categoria Proto (protótipos), cujos modelos devem ter as mesmas características dos Mini Transat de série, mas podem ser produzidos com materiais exóticos, mastro especial e outras melhorias em busca de velocidade — proibidas nos barcos de série. Neste ano, 59 competidores estão correndo na categoria Série e 31 na Proto.

A La Boulangère Mini Transat foi criada em 1977 pelo inglês Bob Salmon e, inicialmente, a largada era na Inglaterra. No entanto, os franceses acabaram dominando o evento e com isso a base da classe passou a ser na França. Atualmente, a grande parte dos participantes é de origem francesa, embora nesta edição da regata também estejam inscritos velejadores dos Estados Unidos, Bélgica,  Suíça, Itália, Áustria, Espanha, Canadá, Polônia, Inglaterra, Venezuela, Uruguai e Argentina.

A posição dos barcos pode ser acompanhada no http://minitransat.geovoile.com/2023/tracker/ , que é atualizado a cada quatro horas.

Pelo rastreador da regata, que é atualizado de quatro em quatro horas, é possível acompanhar a posição de cada barco da flotilha

Roberto Negraes